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A responsabilidade ambiental da humanidade

Pergunta:
- Enquanto investigador, vê o próximo século (XXI) com alguma preocupação?

Eurico da Fonseca:
- O nosso futuro depende do futuro do mundo e a minha visão do mundo divide-se entre a decadência e aquilo que os homens poderão fazer para a evitar.
As pessoas ainda não têm a noção do que nos espera e parece-me que é preciso cairmos na decadência e no caos para que depois a humanidade renasça.

Tudo isto tem a ver com as questões ambientais e com o esgotamento das reservas do planeta que, como está mais que provado, acaba por provocar enormes desequilíbrios sociais e humanos.

Portanto, enquanto a humanidade não perceber isto, o nosso futuro será uma grande incógnita.

Entrevista dada em 31-01-2000.
Eurico da Fonseca viria a morrer a 4 de Dezembro desse mesmo ano.
Já lá vão 10 anos... a humanidade, essa continua a cavar a sua própria sepultura.

sábado, 7 de novembro de 2009

Primeira unidade de produção de energia das ondas começa a operar


A primeira unidade do mundo que converte a energia das ondas do mar em electricidade começou a operar.

O projecto da Aguçadoura, inicialmente, gerará energia utilizando conversores Pelamis Wave Energy(PWEC), que estão semi-submersos. São estruturas articuladas compostas por secções cilíndricas ligadas por juntas articuladas. Descrito como o "mar de aço articulado" ou "cobras", elas estão amarradas ao largo da costa norte de Portugal.

As unidades PWEC estão actualmente a produzir 2,25 MW de electricidade que é introduzida na rede eléctrica nacional, tornando Portugal o primeiro país no mundo a aproveitar a energia das ondas numa base comercial.

Este projecto é parte de uma parceria mais ampla, o consórcio Ondas de Portugal, que incidirá sobre o desenvolvimento de projectos experimentais de energia das ondas.

O projecto da Aguçadoura será o primeiro de uma série de projectos realizados pela parceria. Nesta primeira fase o investimento total foi de cerca de € 8,5 milhões.
A segunda fase do projecto será o de fabricação e instalação de mais 25 máquinas e aumentar a capacidade instalada até 22,5 MW.

Uma vez concluído, este deve atender a demanda de energia eléctrica média anual de mais de 15.000 famílias e evitar mais de 60.000 toneladas por ano de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

O projecto beneficia da legislação do Estado Português na implementação duma tarifa mais baixa a longo prazo para a electricidade gerada. Esse incentivo deverá no futuro, permitir o financiamento de projectos neste âmbito e constitui um incentivo para o investimento na tecnologia emergente por financiadores de projectos e fornecedores de tecnologia.

Por enquanto o seu preço não é suficientemente competitivo.
O projecto só foi possível graças ao benefício da tarifa especial da alimentação em Portugal que, basicamente, pretende e permite continuar a desenvolver a tecnologia. Espera-se que em 15 anos a energia das ondas vá ser tão ou mais competitiva como o vento é agora.